O barulho do sol, ao se pôr no Pacífico....



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Viu mãe, viu pai?!

Realmente, existem pessoas boas no mundo. Eu nunca neguei isso e nunca vou negar. Viu mãe, viu pai?! (Tive uma discussao esses dias sobre a superexposicao da vida privada pela internet. Eu admito, ela acontece. Mas por outro lado, acredito que privado é aquilo que cada um escolhe guardar. E se mostramos na net, é porque há um sentido além nessa exposiçao. Nada diferente com Homero e suas Iliadas. Cada um, com a mídia de seu tempo. Não, eu no me acho homero. É uma sintetização.)

Hoje caiu uma chuva tropical digna de Amazonas. Mas nos sub-tropicos. Quem leu a peça do vibrador (premiada na Broadway em 2007), sabe que sair na chuva sem guarda-chua é terrivelmente romântico. E eu sou uma dessas peossoas, que no verão torrencial da terra da garoa, sai de casa sem guarda chuva.

Pois bem, uma Paranaense, dessas de tirar o fôlego mas que nunca vi antes na vida, saiu da sua casa, com seu guarda-chuva e  me levou até o ponto de taxi, sendo molhada no seu micro short pelos carros na rua. Eu também, obviamente, mas essa parte toda não interessa.

O que faz uma pessoa sair do conforto de seu sofá para levar uma desconhecida pela selva de esgotos entupidos da Paulicéia? Só pode ser bondade e um enorme coração.

Eu acredito nela. Só acho triste que ela se encontre em tão pouca escala no líquido mundo atual, no qual as relaçoes escoam cada vez mais rápido e cada vez mais baseada na direçao de suas próprias torrentes.

Mas são pessoas como a Ângela, que acredito serem breves anjos enviados, que nos fazem lembrar que há ainda aquilo pelo qual vale lutar.

E vamos à ela.

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