O barulho do sol, ao se pôr no Pacífico....



terça-feira, 22 de março de 2011

Despedida de Solteira - Bachelorette Bash!!!

Se você já deu, já foi, já teve uma despedida de solteiro, poste aqui suas sugestões, comentários ou casos homéricos!

Minha prima vai casar e no Dia D, a terra vai tremer!

If you ever threw, been to, was victim of a bachelor party, leave your suggestions, comments or crazy stories here!

My cousin is getting married and I want to bring down the house!!!


domingo, 20 de março de 2011

Escorrer mel adentro

Beijo suave
mel escorre
boca noite
adentro
Da suave boca
noite mel
escorre beijo
adentro
Na boca
da noite
o beijo adentro
escorre mel...
Suave


sábado, 19 de março de 2011

Anonymous love

An interesting anonymous review of Radioheads song. Been singing it for days, so the post seems more than appropriate. Plus, it continues a discussion that started in portuguese with the post "Para os homens que querem mulheres" (For men that wish to have women). Enjoy.



"I believe this song has one underlying theme that is illustrated from a slightly different angle in each verse. The theme is the misguided human desire for "perfection" which is like trying to find or define the infinite. Perfection doesn't exist, it would mean the end of the line for growth, hence death, and death is a state of non-existence. Also, perfection for one is nothing near perfection for another so we are then striving for something completely subjective. We must find the beauty in what already is and stop trying to control things to appease our egotistic desires.

The first verse is trying to show how we look to manufactured non-living waste products, like fake plastic house plants, to try to emulate beauty. In the process we end up creating a mountain of waste which will eventually be our undoing, hence the "rubber plans to get rid of itself". I do find it quite amusing that he says "fake Chinese rubber plant" because China is the mecca for disposable non-biodegradable plastic and electronic products. I would be willing to wager that the junk "disposable" electronics and other consumer goods being produced in China will soon claim a vast majority of the land fill volume of the world...

The second verse is in reference to the male perception of beauty and it's fake superficial shallowness. As a man, I can sympathize with this. While I realize the need and value for depth and intelligence in a woman, I'm still easily trapped by external beauty which is obviously fleeting. This man (the male aspect of society perhaps) was so obsessed with the outward physical appearance that he devoted his life's work to trying to preserve it with techniques that actually incorporated non-living plastic elements into the human body. He is crumbling and burning because he is facing the defeat of the impossibility to preserve what he believes to be beauty. He will lose his battle until he changes his perceptions. This is wearing him out. It wears all of us out....

The final verse is talking about the singers own battle with what part of him perceives to be beauty and what another part of him knows is not beauty. When he says "I can't help the feeling, I could blow through the ceiling, if I just turn and run" to me says that he knows he is with a woman who is only beautiful skin deep, and he feels that he could either evolve or at least find a more substantial woman if he could turn and run away from this woman who lacks true depth. Wearing him out as well makes one wonder if the singer believes that this is the struggle of society on numerous levels and is our main struggle today. I am inclined to agree with him. All one needs to do is ask is who are the most intelligent and ground breaking thinkers of our current times? We only know those who have created gadgets and went on to run large corporations who create garbage (I'm looking at you Apple) Now ask who are the most popular models and actors of our day, I'm sure we can name more than a few. This is pretty depressing."


:::

sexta-feira, 18 de março de 2011

Instantes, ou Ele, Ela e Fim, ou Nada

Aconteceu e nada aconteceu.
15 anos em 15 minutos.
Tudo conversado e dessa vez, alguma coisa resolvida.
Para ela, ao menos.
E justo quando se achava que o mundo ia desmoronar ou então resplandecer, nada além dos murmúrios das mesas ao lado se fez ouvir.
E como ela sempre costumava dizer, as coisas foram lentamente assumindo o seu mesmo lugar de sempre.
Mas que lugar era esse, nem ela conseguia dizer.
Procurou pela resposta no olhar do outro lado da mesa, atrás da fumaça que lhe subia do prato, mas nada encontrou.
Quiçá ele nem percebeu que algo de fato acontecera.
E talvez, justamente por isso, nada aconteceu.




quinta-feira, 17 de março de 2011

---------------------------------------------------


A linha do horizonte suspira
o vento que precede a chuva
O contorno dos montes
suave, ondula

A infinitude da minha alma
se sente pequena ao seu pé
Mas aos poucos, se acalma
e volta para dentro de mim

Onde ela pode ser grande novamente.




Chronicle of a death foretold

I cannot pretend I don’t care. Even less to myself. Why keep trying? Its not about the contradictions in my head. But a stone sensation on my chest that almost prevents it from beating. Call it trivialities. Call it a relationship just like any other. Say that we are not responsible. Say what you will.
But I do care
.
Bliss will be the day I free myself from my social, cultural and whatever other bonds... And pour out everything agitates in here. Let my poor heart free at least once before, out of slavery, it silences.

Crônicas de uma morte anunciada

Eu não consigo fingir que não me importo. Menos ainda para mim mesma. Por que tento? Não se trata de um pensamento que não sai da cabeça. Mas de um peso no peito que quase impede de bater. Diga que são trivialidades. Diga que é uma relação como todas as outras. Diga que não temos responsabilidades. Diga o que quiseres.

Mas eu me importo.

Feliz será o dia em que eu libertar-me das minhas amarras sociais, culturais, todas ais e puder dizer e fazer tudo que se remoi aqui dentro. Deixar o pobre coração livre ao menos uma vez, antes que ele, de escravidão, desista de ser.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Since there's nonsense

I should be writing a sci-fi radioplay right now.
No, actually I should be writing a collection letter.
My eyes tell me I shouldn't be writing anything.


You who are reading this probably agree.


Alright. I give in.



::

terça-feira, 15 de março de 2011

Carta aberta ao Di, ou Dé, ou Eli ou Luana. Ou como transformar alguma coisa em outra.

Vivemos no mundo do sms, do msn, do txt, do itudo. Da instantaneidade da transmissão do pensamento. E esse pensamento tem limite de caracteres. Tropeçamos por letras e caras feitas de símbolos gráficos. Não se vê fluidez nessa modernidade, ainda que eu saiba que o líquido do Baumann encontra incontáveis pedras pelo caminho. E tudo que deixamos de dizer com as palavras se perde em algum lugar do tempo espaço e some na vacuidade da vida breve a qual estamos condenados. Frase sem pausas. Como amo Saramago.... Volta meu caro amigo, que a coisa aqui tá preta.

Em protesto a essa supervalorização de um suposto senso comum em decorrência da necessidade do sucinto, da obviedade quase clarevidente da mensagem, dos jingles de publicidade e das músicas pops que ouvimos nas rádios, as mesmas piadas repetidas nos filmes com o mesmo final tragicômico romântico ou aventura 3D... (Os exemplos fizeram-se tantos que pude abrir parêntesis. Ah, que saudade dos parêntesis, dos hífens e travessões. E o dois pontos, por onde andará?) escrevi estas Variações Enigmáticas. Elgar, não se preocupe, se eles não sabem, poderão sempre utilizar-se do todo onisciente Google.

Decidi-me pelas variações pelo simples gozo de mostrar que existem muitas outras palavras que não aquelas já tão rimadas. Ou seja, parti de um material que poderia estar em qualquer música ou outdoor. Já digo de antemão que não tenho culpa se não gostarem. Afinal, alguma fidelidade ao tema é pré-requisito da variação.

Vamos a elas.

Variação I (ou a Erudita)

Cada dia
mais um dia
Silencioso
assisto a você
partir
os meus pedaços
Já estilhaçados
pelo chão
Dor de quebrar-se
colada
Pela delícia
de suas mãos.

A eteridade
do presente
No calor vazio
de teus lábios
Abraçamos
essa vertigem
de cortar
E saber-se parte.
Juntar os cacos
E fazer um jarro
Da infinitude
Da matéria.


Variação II (ou Nem ao céu, nem ao mar)

Cai mais uma vez
A cortina rasgada
Há um eterno bis
Na sua boca cortada
Me fez tão mal...
Mas quero outra vez.
Me fez tão mal....
Por que quero outra vez?

E as paredes se derretem
por um frio calor vão
Os teus beijos me remetem
A uma estranha solidão.
Ainda que houvesse tinta para dar outra cor
Preferimos a segurança cinza desse estupor
Me fez tão mal...
E quero outra vez.
Me fez tal mal...
Para acabar de vez.

Variação III (ou Essa é pra tocar na rádio)

Minha vida está acabada
Mais uma página rasgada
Nada de mim sobrou
Depois que você chegou
Me fez de gato e sapato
Mas pelo teu amor
Pago qualquer pato.

Nosso quarto está fervendo
E nessa cama vou morrendo
Nos teus estranhos beijos
Encontro nenhum remeleixo
A porta já vai se abriiiir, meu amor
E vamos ter que partiiiiiiiiiirrr
Você me fez de gato e sapato
Mas pelo teu prazer
Pago qualquer pato.


:::

segunda-feira, 14 de março de 2011

Luis Alberto Warat

Lu
Las mañanacitas de Buenos Aires tienen ese qué sé yo, ¿viste? Salí de la casa, primeiro Anchorena, después por Arenales. Lo de siempre: en la calle y en mi, sin vos. . . Cuando, de repente, de atrás del museo Borges, me aparezco yo. Mezcla rara de penúltimo linyera y de primer polizonte en el viaje a Venus: medio melón en la cabeza, las rayas del vestido colgadas en la piel, dos medias suelas clavadas en los pies pisados, y una banderita de taxi libre levantada en cada mano. Imagino que te reís... Pero sólo yo te veo: porque los maniquíes me guiñan; los semáforos me dan tres luces celestes, y las naranjas del frutero de la esquina me tiran azahares. ¡Vení!, que así, medio bailando y medio volando, en la calle entre un arbol y el sol.... Así, despacito, la canción me llega de algun lado de la Recoleta, o de mi, que no reconosco....

Ya sé que estoy piantao, piantao, piantao...
No ves que va la luna rodando por Callao;
que un corso de astronautas y niños, con un vals,
me baila alrededor... ¡Bailá! ¡Vení! ¡Volá!

Ya sé que estoy piantao, piantao, piantao...
Yo miro a Buenos Aires del nido de un gorrión;
y a vos te vi tan triste... ¡Vení! ¡Volá! ¡Sentí!...
el loco berretín que tengo para vos:

¡Loco! ¡Loco! ¡Loco!
Cuando anochezca en tu porteña soledad,
por la ribera de tu sábana vendré
con un poema y un trombón
a desvelarte el corazón.

¡Loco! ¡Loco! ¡Loco!
Como un acróbata demente saltaré,
sobre el abismo de tu escote hasta sentir
que enloquecí tu corazón de libertad...
¡Ya vas a ver!

Salgamos a volar, querido mío; Subite a mi ilusión super-surrealista, y vamos a correr por las cornisas ¡con una golondrina en el motor! De Vieytes nos aplauden: "¡Viva! ¡Viva!", los locos que inventaron el Amor; y un ángel y un soldado y una niña nos dan un valsecito bailador. Nos sale a saludar la gente linda...Y loca, pero tuya, ¡qué sé yo! Provoco campanarios con la risa, y al fin, en busca de alguna parte de ti, canto a media voz:

Quereme así, piantao, piantao, piantao...
Trepate a esta ternura de locos que hay en mí,
ponete esta peluca de alondras, ¡y volá!
¡Volá conmigo ya! ¡Vení, volá, vení!

Quereme así, piantao, piantao, piantao...
Abrite los amores que vamos a intentar
la mágica locura total de revivir...
¡Vení, volá, vení!

Loco él y loca yo...



terça-feira, 8 de março de 2011

Pierrot no meio da multidão

Abre o olho. Força. É dificil. Muitos dias sem dormir. Muitas águas ardentes rolaram. Muita purpurina. Maresia. Tudo tanto que doi. O olho. Ou a visão. Ele não sabe.

Abre o olho.

Onde estará? Ele. Ou ela? Ele não sabe. Nem dele, nem dela. Uma serpentina lhe passa pela a cara. Os olhos piscam sozinhos. Agora sim. Se vê parado. Os pés plantados junto com as árvores por entre paralelepípedos. Colocados pelas mão de escravos. Os mesmos que agora tem as mãos nas latas. 

Parado no meio da multidão.

Ele move. Os lábios. Um riso de si mesmo. Mais uma história de carnaval. Dentre todos aquelas outras passagens desbotadas na memória. Passam piratas, chuvas de bailarinas negras, marinheiras e passistas. Colombinas mil. Outras. Com outros Pierrots, com outras histórias de carnaval. E as pastorinhas vão cantando na rua. Parcos versos de amor.

Passa a multidão.

Fecha os olhos.


segunda-feira, 7 de março de 2011

O mar invade o centro

Domingo de carnaval. O meio. Dois dias depois e dois dias porvir. O lugar onde você já não sabe mais o que quer de tudo aquilo, de toda aquele confete e purpurina.

O mar invade o centro. Com o Boi tolo.

Nada de fome, só sede. Mas sede de quê? Toda essa festa, para que essa festa... Essa data marcada para ser feliz. A obrigação de ser feliz. Não só hoje, mas sempre. Felizes para sempre.

Mas toda essa fusão de cores, suor e pele revela a triste sina de que tudo se acabará na quarta-feira.

Aproveite enquanto der, essa miragem de alegria.


sábado, 5 de março de 2011

Sassaricando

Quanto riso! Oh, quanta falsa alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está achando
Que tem o amor da Colombina
No meio da multidão.


Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo alguns anos,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Da mesma máscara negra
Que habita o teu rosto
Eu não posso dizer da saudade.


Não vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.


Não vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.


Céu na Terra

Após uma noite tomando whisky com leite no karaokê coreano, deixei as terras paulistanas para entrar direto no jardim das roseiras. 6 horas da manhã, entro na casa, para sair da casa.

Realmente, é um inferno na terra. Mas ao mesmo tempo é gostoso saber que faço parte de um povo que se diverte a custo de nada, debaixo da chuva e com muita criatividade.

E meu pé na bahia apareceu com força. Mesmo com todas as nuvens e águas, ainda assim fiquei com marca das alças e um bronze extra.

Agora, saindo para sassaricar! E viva os braços abertos do Cristo sobre a Guanabara...