O barulho do sol, ao se pôr no Pacífico....



terça-feira, 8 de março de 2011

Pierrot no meio da multidão

Abre o olho. Força. É dificil. Muitos dias sem dormir. Muitas águas ardentes rolaram. Muita purpurina. Maresia. Tudo tanto que doi. O olho. Ou a visão. Ele não sabe.

Abre o olho.

Onde estará? Ele. Ou ela? Ele não sabe. Nem dele, nem dela. Uma serpentina lhe passa pela a cara. Os olhos piscam sozinhos. Agora sim. Se vê parado. Os pés plantados junto com as árvores por entre paralelepípedos. Colocados pelas mão de escravos. Os mesmos que agora tem as mãos nas latas. 

Parado no meio da multidão.

Ele move. Os lábios. Um riso de si mesmo. Mais uma história de carnaval. Dentre todos aquelas outras passagens desbotadas na memória. Passam piratas, chuvas de bailarinas negras, marinheiras e passistas. Colombinas mil. Outras. Com outros Pierrots, com outras histórias de carnaval. E as pastorinhas vão cantando na rua. Parcos versos de amor.

Passa a multidão.

Fecha os olhos.


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