O barulho do sol, ao se pôr no Pacífico....



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terça-feira, 8 de março de 2011

Pierrot no meio da multidão

Abre o olho. Força. É dificil. Muitos dias sem dormir. Muitas águas ardentes rolaram. Muita purpurina. Maresia. Tudo tanto que doi. O olho. Ou a visão. Ele não sabe.

Abre o olho.

Onde estará? Ele. Ou ela? Ele não sabe. Nem dele, nem dela. Uma serpentina lhe passa pela a cara. Os olhos piscam sozinhos. Agora sim. Se vê parado. Os pés plantados junto com as árvores por entre paralelepípedos. Colocados pelas mão de escravos. Os mesmos que agora tem as mãos nas latas. 

Parado no meio da multidão.

Ele move. Os lábios. Um riso de si mesmo. Mais uma história de carnaval. Dentre todos aquelas outras passagens desbotadas na memória. Passam piratas, chuvas de bailarinas negras, marinheiras e passistas. Colombinas mil. Outras. Com outros Pierrots, com outras histórias de carnaval. E as pastorinhas vão cantando na rua. Parcos versos de amor.

Passa a multidão.

Fecha os olhos.


segunda-feira, 7 de março de 2011

O mar invade o centro

Domingo de carnaval. O meio. Dois dias depois e dois dias porvir. O lugar onde você já não sabe mais o que quer de tudo aquilo, de toda aquele confete e purpurina.

O mar invade o centro. Com o Boi tolo.

Nada de fome, só sede. Mas sede de quê? Toda essa festa, para que essa festa... Essa data marcada para ser feliz. A obrigação de ser feliz. Não só hoje, mas sempre. Felizes para sempre.

Mas toda essa fusão de cores, suor e pele revela a triste sina de que tudo se acabará na quarta-feira.

Aproveite enquanto der, essa miragem de alegria.


sábado, 5 de março de 2011

Sassaricando

Quanto riso! Oh, quanta falsa alegria!
Mais de mil palhaços no salão.
Arlequim está achando
Que tem o amor da Colombina
No meio da multidão.


Foi bom te ver outra vez,
Está fazendo alguns anos,
Foi no carnaval que passou.
Eu sou aquele Pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor.
Da mesma máscara negra
Que habita o teu rosto
Eu não posso dizer da saudade.


Não vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.


Não vou beijar-te agora,
Não me leve a mal:
Hoje é carnaval.


Céu na Terra

Após uma noite tomando whisky com leite no karaokê coreano, deixei as terras paulistanas para entrar direto no jardim das roseiras. 6 horas da manhã, entro na casa, para sair da casa.

Realmente, é um inferno na terra. Mas ao mesmo tempo é gostoso saber que faço parte de um povo que se diverte a custo de nada, debaixo da chuva e com muita criatividade.

E meu pé na bahia apareceu com força. Mesmo com todas as nuvens e águas, ainda assim fiquei com marca das alças e um bronze extra.

Agora, saindo para sassaricar! E viva os braços abertos do Cristo sobre a Guanabara...