O barulho do sol, ao se pôr no Pacífico....



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Estátua

Um belo dia, meu rostou parou.
Nao havia tristeza nem felicidade que pudesse mudar a minha face.
Uma graça que levantasse o canto dos lábios.
Uma pálpebra que parasse a lágrima de correr.
Da janela, as pessoas apressadas rumo a seus destinos incertos.
Sabem eles o quanto lhes custa aquele pequeno jesto?
De sarcasmo, de alegria, de vergonha e embaraço.
De empatia.
Como é gostoso sorrir...
E o desejo?
O remanso de tu boca bajo una espesura de besos...
E estes cristão, evangélicos, judeus e protestantes por acaso sabem o que torna possível o beijo?
É o mesmo que permite uma criança soprar uma bolha de sabão,
o menino a tomar milk shake,
o senhor e o seu cachimbo,
o matuto e o seu pito,
o músico e o sax,
o bebê e sua chupeta,
o trabalhador e seu assovio.
Um dia meu rosto voltou a funcionar.
E toda vez que bebo um singelo gole de água da garrafa, peço a todos os Santos que ele nunca mais pare.
A pior tristeza, é não poder estar triste.

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